quarta-feira, 30 de março de 2011

Stratocaster Relic

     Pois é, estou mais uma vez adiando a mudança de assunto do blog. O que acontece é que estou bastante focado nos trabalhos de luthieria ultimamente e acabei nem comaçando a escrever sobre o próximo assunto (dicas para estudo de guitarra), mas prometo que vai rolar.
     Minha guitarra preferida é indiscutivelmente a Les Paul, eu lembro da primeira vez que vi o Jimmi Page tocando com uma. Mas essa paixão vem seguida pelo meu segundo modelo preferido, a stratocaster, e essa tem uma vantagem para os musicos que gostam de customisar e personalisar seus instrumentos: ela aceita praticamente qualquer configuração e modificação. Inspirador, não?
    Relic, ou "relicar" um instrumento é fazer com que ele ganhe uma aparência envelhecida, ou acidentada, que realmente é a minha preferida, imagina aquela guitarra que sobreviveu a inumeros show, estrada, chuva, sol, vento, e tem história para contar... pois é, meu conceito é dotar o instrumento de personalidade, e estive trabalhando na minha nova strato. Acabamentos relic em sunburst, é quase obrigatório, e vou deixar algumas fotos a mais.
    Ainda vou levar mais uma semana até tocar com essa guitarra, mas antes que você se assuste, pensando que eu destrui uma guitarra com valor histórico ou algo do tipo, essa guitarra eu separei pra mim no meio de um carregamento de corpo e braço que eu estou revendendo, fabracados na china, e prontos para receber qualquer tipo de customização que meus clientes pretendam fazer em cima do original.
      Na minha guitarra, modifiquei o headstock retirei a marca original. Não sou muito fã de marcas, só não saio raspando a de outras guitarras para não perder valor de mercado, ou histórico, como no caso da minha Finch Les Paul, mas isso fica para outra matéria, a história é meio longa. Como já declarei a minha paixão por instrumentos capotados e detonados em termos de visual, deixei um calombo na ponta do headstock, parece que foi batido, mas foi feito a mão com todo o cuidado, além de deixar o corte torto, e a marca do verniz refeito a pincelada, é para ressaltar isso também.
     Eu sei que você vai dizer "Tosco!!!", ou, "Você pode fazer mil vezes melhor que isso!!!", mas a intenção era essa, ficar podre.
  
    Tudo é uma questão de conceito, o trabalho aqui foi extremamente oposto ao do post anterior onte eu estava restaurando um acidente na SG de um cliente.

Um grande abraço

terça-feira, 22 de março de 2011

Aquela hora em que você diz: Deu Merda!!!

Acidentes acontecem, e dessa vez mudou até o tema do post dessa semana. Estava pensando em escrever algo sobre algumas maneiras que estão me ajudando na hora de estudar e dar aula, mas tive uma semana agitada na minha oficina/estudio/sala de aula que me motivou a mostrar o que pode acontecer com uma guitarra quando cai.

Vamos ao acontecido:
    Tenho entre os meus clientes alguns amigos pessoais, que muitas vezes vem na minha oficina, pra bater um papo, ou trazer um instrumento. Neste dia vieram tres, só para trocar corda. Um dos instrumentos, a SG-100 da Epiphone sofreu uma queda quando ele estava indo embora. Na hora que eu ouvi o barulho da queda pensei comigo "Braço rachado!!!", a parte mais fragil de modelos Les Paul e SG, é aquela curva do final da escala para o headstock, é até comum ver guitarras desse modelo com rachaduras nessa região, e algumas vezes não é por tombo. Dessa vez eu errei, ainda bem, a parte afetada não afeta uma região tão significante do instrumento, mas mesmo assim, a guitarra perdeu um pedaço na queda, no box onde fica a parte elétrica da guitarra.

    Parece mais assustador do que realmente é, com um pouco de paciência, cola, e experiência no assunto é facil de resolver.




     Então, colar as peças e reconstituir a parte que foi desfeita na queda, levou dois dias, mas a colagem ficou boa, esse é o mais importante. Depois, foi a parte do acabamento, para disfarçar um pouco:



    Como sou um grande fã de guitarra relic, não ligaria a minima para as marcas se a guitarra fosse minha, na minha opinião elas dão uma certa personalidade para o instrumento, alias, logo terei o prazer de mostrar mais uma customização que estou fazendo para mim, justamente com este conceito de relicar a guitarra. Mas como na verdade essa guitarra não pertence ao meu amigo e sim a sua filha, preferi disfarçar ao máximo, e também mostrar a ela uma SG com o acabamento desfazendo, marcas de uso e pertencente a um dos meus Guitar Heroes preferidos:
    E aqui esta ela, simplesmente uma das guitarras responsaveis por meus doze anos como profissional de musica.
   
Concluindo:
     Também é legal frisar algumas dicas que eu acho importantes para evitar este tipo de situação, na verdade a guitarra caiu dentro da Bag, por um motivo um pouco incomum, a alça soltou. Então, não economise demais na hora de investir na proteção da sua guitarra, compre bags ou cases de confiança, assim você tranporta o seu instrumento com mais tranquilidade. Se o acolchoado da bag em questão fosse um pouco mais reforçado, talvez a guitarra não tivesse problemas, e se a alça fosse melhor, provavelmente não haveria queda.

    Um abraço a todos

sábado, 12 de março de 2011

Ao mestre a devida homenagem

    Acabei de receber a divulgação e resolvi repassar, no blog, no myspace, facebook, orkut, carro de som do bairro... o que pintar para a divulgação. O pessoal do site guitar clinic, em parceria com alguns dos maiores guitarristas do brasil, entre eles, meu amigo, guitar hero e professor Marcio Okayama e outros mestres da guitarra fizeram um tributo ao Jason Becker. Vale a pena conferir, e muito, afinal, os nomes de maior importancia na guitarra no brasil estão tocando, e fazendo um apelo para todos que puderem ajudar um dos maiores ícones do nosso instrumento e um ser humano que mobilizou e inspirou muitos de nós.
    Para quem não conhece a história deste grande herói da guitarra, vale a pena buscar uma biografia, mas em resumo, ele fez a guitarra virtuose mudar de conceito de uma maneira que poucos ou nem um guitarrista na época seria capaz, e aos vinte anos sentiu os primeiros sintomas de uma doença rara chamada esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa que paralisou todos os seus movimentos. Uma história trágica mas que demonstra a grande força e valor pessoal desse grande gênio da musica. Mas ele precisa de nossa ajuda, então vamos divulgar ao máximo.

Aí segue o link para o projeto: http://www.guitarclinic.com.br/
Obrigado e um grande abraço a todos.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Construindo

    Estou construindo a minha primeira guitarra no segundo módulo na B&H.
    É muito legal você poder trabalhar em seu projéto, e buscar o seu som nos mínimos detalhes. Não sei dizer ao certo quantas guitarras diferêntes eu já comprei, vendi e troquei nesses anos. Mas a idéia de pegar uma peça de madeira crua e transformar na sua guitarra é uma experiência muito mais interessante do que eu podia imaginar. O braço da minha tele com 24 casas está quase pronto, enquanto estou trabalhando incansavelmente na minha guitarra, vou postando algumas fotos.

 Um grande abraço

quarta-feira, 2 de março de 2011

Ok, hora de começar

     Pois é, estou ficando um pouco mais moderno, resolvi fazer um blog. Aí vem aquele momento de saber como fazer e como começar. Acho que o melhor seria explicar por que de começar a fazer uma pagina de publicações. Muitos momentos oportunos vieram e se foram desde o momento em que me disseram que seria uma ideia legal fazer um blog, a problemática maior era com certeza os motivos.
    Diversos motivos apareceram e se foram, alguns me pareciam meio futeis ou simplesmente mercenarios. Mesmo assim a idéia de começar um blog tinha algo interessante, senão este aqui não teria começado neste momento.
    Acho que pode ser uma experiência muito legal trocar idéias com as pessoas sobre musica, com foco principal na guitarra, equipamentos, testar algumas coisas junto com os amigos, dividir experiências e pensamentos. Isso já acontece normalmente no meu dia a dia, afinal trabalho com musica em tempo integral, mas a experiência de publicar em um blog pode ser produtiva.
     Acho que a idéia pode agradar.