terça-feira, 10 de maio de 2011

Stratocaster Relic (parte 3)








    Para essa ultima parte da matéria sobre a minha stratocaster relic, vou fazer algumas considerações finais. Por uma série de problemas, como uma gripe forte, e o fato de estar com algumas customizações por terminar, a demora no termino dessa matéria foi inevitável. O lado bom da demora foi o tempo, pude testar a guitarra em mais situações do que a ansiedade de falar sobre ela teria permitido, agora tenho uma visão geral não só da estética, como do desempenho geral da minha ultima aquisição já customizada.
     Pude mostrar para alguns amigos e conhecidos dos mais diversos níveis de entendimentos sobre o assunto, e as opiniões contribuíram muito para fechar essa matéria. Elogios de guitarristas profissionais, questionamentos de pessoas que não tem ligação com o nosso universo paralelo das seis (sete ou oito) cordas. E como vou falar não só do acabamento, vou comentar um pouco dos momentos em que passei com essa guitarra nas mãos durante os últimos dias.
Visual:
     Em primeiro lugar, o projeto é um acabamento relic, ou seja, a arte de envelhecer e acidentar a guitarra, para dar uma aparência de uso intenso. Acho que uma pesquisa sobre onde começou e como virou febre entre os amantes de stratocaster será uma matéria longa, e quem sabe em outra oportunidade, mas, alguns guitarristas que tiveram uma influência forte na minha paixão por este conceito foram: Steve Ray Vaugham, Eddie Van Hallen, Jimmi Hendrix, Rory Gallagher...
    Tive a oportunidade de dar uma volta com ela e as reações ao conceito e visual foram positivas, então o fator visual com certeza agradou a muitos.

Hardware:

    Neste ponto fui econômico, utilizei dois captadores Kent-amstrong (ponte e braço), e um dimarzio hs-4 (meio). Ponte e tarraxas que estavam guardadas, afinal tinham sido retiradas das guitarras originais, ou seja, reutilizei peças guardadas na minha oficina.

Sonoridade:

    Para ser sincero, gosto mais de captadores de imã cerâmico, casam melhor com a minha pegada. Não é uma verdade universal, só o meu gosto pessoal, por isso pretendo trocar os captadores futuramente. Mesmo assim, a guitarra é muito leve e ainda assim com um sustain condizente com uma boa stratocaster. Além de aulas no meu homestudio, pude testar a mesma guitarra na sala de aula de uma escola de musica onde esporadicamente dou algumas aulas, sem pedais, sem loop-station, só amplificador, e mesmo assim a guitarra me atendeu acima do esperado em todos os momentos. Desde o momento onde tirar um som super limpo até os mais riff mais agressivos com drives bem diversos, alguns pedais que sempre acabo usando como o meu Nux AS-3, o Ibanez DS-7 e o Boss Hiper Metal, fizeram uma gama variada de timbres legais. Usando a sexta corda em D, C e B pude partir para lances mais agressivos, e tocar durante horas sem ter vontade de mudar de guitarra. Mesmo tendo a versatilidade acho que o ponto forte dessa guitarra é o som que saiu na hora de tocar um blues, ela se saiu realmente bem.

Considerações finais:

    Uma guitarra de baixo custo, modificada, bem regulada, e projetada para atender o musico, nos diversos momentos profissionais é a relação custo/beneficio ideal.  Como nem sempre vejo vantagem em andar com guitarras caras por aí, acho um instrumento de baixo custo ideal para diversos trabalhos. Não vejo vantagem em sair com um instrumento muito caro para todos os trabalhos, e acabei por transformar outro instrumento barato em um bom instrumento, assim posso ter um som que atende as minhas exigências sem ter de andar com uma guitarra pesada ou muito cara. Digo outro instrumento por não ser o primeiro a ser transformado para atender as minhas necessidades.
       Ao lado da guitarra que é o nosso assunto, podem ver a minha Fender 1992, também modificada, aliás ela também será assunto num momento oportuno. Assim como algumas das customizações que tenho feito nas guitarras minhas e dos meus clientes.

Um grande abraço.

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